2.1.07

"Se acender a luz
Não morrerei sozinho"

(Daniel Faria)

9 comentários:

Anónimo disse...

Amigo: acendamos,então, a luz.Nunca morremos, afinal, enquanto de nós perdurar uma memória gentil em quem nos amou e de quem fomos amados.A nossa eternidade está nisso: emquanto viver quem de nós tenha uma memória feliz, não morremos.Apenas deixamos de ser vistos,como escreveu Pessoa.E fica uma tristeza que pode, assim, ser menos pesada, mais doce.
Gosto de o ler.

Anónimo disse...

Um beijo

Anónimo disse...

Ao comentário da Amélia só posso acrescentar que ao morrer, como ao nascer, podemos estar rodeados de gente, mas é um acto individual e intransmissível . E que aqueles que amamos, não morrem ; apenas partem mais cedo. Ou, ainda segundo Mia Couto, «Morto amado nunca mais pára de morrer». Mas se a luz estiver acesa, pode parecer um renascer, talvez.

Vim pela mão da Soledade e da Amélia e conto voltar mais vezes porque me agradou a soleira da casa.
Abraço.

zef disse...

E a Fernanda chegou por muito boas mãos. Obrigado por ter vindo e pelas palavras que trouxe.
Continuemos a fazer boa companhia uns aos outros.
Um abraço

Anónimo disse...

Sabes?
Já floriu a magnólia
Ela, agora, explode em folhas verdes.
Traz com elas a Primavera...
Também te trouxe a ti, a Primavera, em Abril...
Mas foi egoísta... arrancou-te antes que o Verão chegasse.
Esqueceu-se, porém, que " na verde bondade de permanecer"
Te deixou connosco para sempre.

A Daniel Faria - Primavera de 2006

zef disse...

"Cruzeiro", obrigado por ter vindo; está à vista que ambos gostamos do Daniel (é asim que lhe chamam os amigos).
Um abraço

zef disse...

Ó Amélia e mais ó Soledade, ando por aqui como puto que ainda não sabe onde pôr as mãos...e, se me não dais a mão, inda caio sem saber porquê.
Beijinho às duas

Anónimo disse...

Amélia, foi por ti, que cheguei a este "lindo" escrevinhador Zef...

Bem hajas Zeferino, obrigada por este espacinho onde se pode falar consigo...

Eu penso como a Fernanda, sobre a morte...No nascer e no morrer estaremos sempre sózinhos.
Quando temos muitos mêdos, sublimamos...
Mas eu penso que, sabermos encarar a morte de um modo menos assustado, é sim, Zeferino, acendermos no hoje, mas no hoje, muitas luzes, mas do dia...( e tens razão, porque não da noite, mais intimista...)
Que mais poderemos querer que o não ter dôr no momento do termos a consciência do morrer?!
Se temos tempo para a pensar, ela tanto é boa, como também medonha... Um paradoxo.
Pois ela é um desaparecer assim com a consciência que algo aqui fica de nós e fica, Zeferino, se não te isolares, se procurares na vida uma integridade por um lado e por outro um enebriamento face ao que de belo souberes encontrar, tanto nas pessoas como na Natureza.
Se tiveres um amor, "sorve-o", sem o abafares...Se não o tiveres procura em tudo ou em todos um bocadinho de luz e de beleza. Talvez aprecies mais, o bom que ainda terás na vida, apesar de te angustiares com as guerras que te rodeiam...Não fujas à angustia, não te evadas, unicamente, tenta lidar com ela...
Eu penso, muitas vezes, que, sem mim tudo vai continuar...Fui uma particula muito pequenina deste grande Universo...
Mas que tentei, sim, pela integridade, participar nesse todo, com a melhor lúcidez e a maior sensibilidade que consegui...

Continua escrevendo com a alma...

Uma Helena, que te irá lendo e respondendo, quando sabe...

zef disse...

Helena, também penso que, se da vida de cada um ficar um bocadinho de alegria para os outros, terá valido a pena termos andado por cá.
Obrigado pelas tuas palavras.