Eternas são as tardes
em que o cheiro da maresia
se pendura nos cabelos molhados
pelo suor amável do dia
e a doçura de alfarrobas
no verniz escuro das vagens
entre os lábios é como
outros lábios carnudos.
Soledade Santos; Sob os teus a terra - Artefacto
5.5.11
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4 comentários:
Um poema do verão, de um verão algarvio perdido no tempo :-)
Um beijo, Zef
...mas ontem parecia verão e foi uma maneira de a saudar.
Beijos, Soledade.
Adoro este sabor/cheiro do tempo medido pela Soledade.
Beijos de outra tarde...
ana assunção
Deve ter reparado que a Soledade andava acontar o tempo...Que conte sempre bem e a gente veja.
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