O pinheiro cresce para cima do terraço. Haverá crianças a escorregá-lo para chegar depressa às romãs.
Quero vê-las. No tempo certo, que ainda será o de querer estar a olhá-las e a olhar-vos, depois de me terdes posto o corpo onde quiserdes, ponde-me a alma bem sentadinha na romãzeira e virada para a casa. É de lá e para lá e por lá, casa, quintal, que andaremos todos. Se não puder ser na romãzeira, semeai trevo de todas as cores e violetas de mistura. Poisai-me lá devagarinho. E deixai-me olhar para vós. Se as flores crescerem à roda dos olhos e me taparem a varanda, verei, mesmo assim, a chaminé. Se andar por lá uma língua de fumo, fico a saber que estais lá. Não vos esqueçais de ir pelas romãs. Ou pelo trevo.
28.12.06
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