27.4.11
16.4.11
7.4.11
1.4.11
À mesa
- Avô, sou um pirata sem cara de mau.
- Mas tu és menina.
- Sou um pirata, avô.
- Pronto, és pirata.
- Sou um pirata, avô. Como na escolinha. Sou um pirata.
- Desculpa, esquecia-me.
És um pirata, e não tens cara de pau, nem perna de má.
- Avô, cara de mau, esqueceste-te.
- Não precisas de gritar, menina. Os piratas não berravam.
- Avô, os piratas não falavam alto porquê?
- Posso explicar baixinho?
- Porquê baixinho?
- Os piratas também falavam assim.
- Está bem.
- À roda dos piratas o vento nunca parava.
E era o vento que levava as palavras de umas pessoas para as outras.
Pegava as palavras com muito jeitinho.
Segurava-as pelos dedos e ia-as levando até aos barcos dos outros.
O vento sabia que as palavras gostam de mudar de sítio.
E os outros sabiam as ideias dos piratas.
- Avô, não acredito nisso, mas a história é bonita.
- E é.
- Avô, é bom jogar ao faz de conta.
- Mas tu és menina.
- Sou um pirata, avô.
- Pronto, és pirata.
- Sou um pirata, avô. Como na escolinha. Sou um pirata.
- Desculpa, esquecia-me.
És um pirata, e não tens cara de pau, nem perna de má.
- Avô, cara de mau, esqueceste-te.
- Não precisas de gritar, menina. Os piratas não berravam.
- Avô, os piratas não falavam alto porquê?
- Posso explicar baixinho?
- Porquê baixinho?
- Os piratas também falavam assim.
- Está bem.
- À roda dos piratas o vento nunca parava.
E era o vento que levava as palavras de umas pessoas para as outras.
Pegava as palavras com muito jeitinho.
Segurava-as pelos dedos e ia-as levando até aos barcos dos outros.
O vento sabia que as palavras gostam de mudar de sítio.
E os outros sabiam as ideias dos piratas.
- Avô, não acredito nisso, mas a história é bonita.
- E é.
- Avô, é bom jogar ao faz de conta.
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