19.10.08
Ao pôr do sol começou a levantar-se um vento que fez amotinar as areias da praia; a chuva repentinamente começou a cair e ocultou o monte Chokai. Disse para mim mesmo que, se apaisagem com chuva era formosa, sê-lo-ia também sem ela. Com esta ideia pernoitámos na cabana de um pescador, esperando que a chuva cessasse.
No dia seguinte, pela manhã, o céu estava limpo.
(Matsuo Bashô; O Caminho Estreito para o Longínquo Norte - Versão de Jorge de Sousa Braga - Fenda)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Bashô via o mundo decorado de optimismo. Será decoração ou qualidade intrínseca?
Contrastes até na maneira de pensar...
Depois da tempestade,veio a bonança. Em ambos os casos, um bom quadro natural para apreciar.
Beijinhos
continua límpido o céu... sem igual o céu do nosso país, fossem assim alguns seres...
Não sei, Cristal, como também não sei o alcance do que está dito logo no princípio: "Devo confessar, todavia, que as minhas recordações pouco mais são que o discurso delirante e sem nexo do sonhador e, portanto, são amigavelmente convidados a tomá-las como tal."
Talvez, Renda, mas este "Caminho..." não me é muito claro.
Impressiona-me o tempo longo da viagem para o Norte em contraste com a brevidade do regresso a casa...
Sophiamar, julgo que é isso, sobretudo porque ressalta desta obra a fusão com a natureza.
Enviar um comentário