7.12.09
Mamá
Bórdame en tu almohada.
(Lorca: poema Canción Tonta))
Quando nasci,
pai?
No nascer do sol,
filho.
O céu tinha as estrelas
como hoje?
Parece a minha colcha bordada.
Pareces o menino da Canção Tonta,
filho.
As estrelas são os teus olhos.
A mãe bordou-os,
foi?
Porque me estás a olhar,
pai?
Por causa da mãe,
filho,
fez os teus olhos.
Agora és tu o tonto,
pai.
Às tardinhas ficas assim.
Por causa das estrelas,
filho.
Vem aí a noite.
E a mãe vai bordar
estrelas?
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6 comentários:
Claro que a mãe vai bordar estrelas...As mães fazem-no sempre.os pais recolhem as estrelas para as mães poderem bordá-las...Beijo
Amélia, o seu comentário vale mais do que vale o que o provocou.
Obrigado.
Beijos
e antes disso, de as bordar, creio que as contemplaram longamente até as saberem de cor...
Abraço.
Quando os filhos nascem abençoados, são os pais que bordam o céu que os aconchega(aos filhos)de noite e de dia....
Gab
Renda, até as saberem de cor e coração...
Um abraço
E não é bom ouvir isso, catraia miúda?
Vai também bordando o céu, para termos ciúmes...
Beijinho
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