9.3.10


O homem arrastou-se pelo negrume impenetrável.
A princípio tinha solo pedregoso debaixo dos pés e a caminhada não era muito difícil, mas passado pouco a neve endureceu; as condições pioraram.

Teve de confiar na sua linha de pensamento:
A raposa pode ser infantilmente tímida em relação à intempérie. Vai escavar um buraco na neve ou enfiar-se profundamente em fendas, muito abaixo da marca de gelo, e ficar aí até que tenha passado o mau tempo.

Agora, o homem tinha uma hipótese de encurtar o intervalo entre ele e a pequena raposa.


Sjón - A Raposa Azul; trad. de Maria João Freire de Andrade - cavalo de ferro

2 comentários:

rendadebilros disse...

Irão encontrar-se?
Abraços.

zef disse...

Renda, julgo que sim...
Peguei outas leituras e vadiagens.
Deixei ambos no meio de um nevão. Hei-de retomar.
Um abraço