As amoras são negras
e choram orvalho.
Sim, filho, são lindas,
as framboesas também.
Os teus olhos são negros
e as framboesas não choram.
Filho,
tenho olhos de amora.
E muito brilhantes,
gotinhas de orvalho.
Filho,
os meus olhos são amoras.
Os nossos olhos são amoras
e as manhãs são lindas.
16.8.10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
10 comentários:
Já sabe como gosto deste poema...repito-o, feliz em vê-lo na sua casa.
Excelente! E ler o poema nesta manhã de chuviscos traz-me à memória as próprias amoras nesse quintal onde os vínculos da terra, da identidade e do afecto vivificam - pois os olhos de alguma gente são mesmo amoras.
Saudades para Pasárgada e seus residentes :-)
E lindo é o poema!
Abraço e que a "pena" continue a correr deixando marcas indeléveis.
Amélia, é sempre alegre que a vejo aqui, como a vi e conversámos no quintal.
Beijos
Obrigado, Soledade, pelo que diz agora e pela maneira como olhou, há dias, o quase rascunho disto.
E foi linda a frátria naquela tarde!
Beijinho
Alece, um abraço e, olhe, com música...
:)
:)
Não sei se leio a doçura das amoras maduras se dos olhos de amora se das manhãs... com os filhos!!!
Grande abraço...
...das manhãs e do que as completa.
Abraços, Renda.
Doces são as amoras quando assim são entendidas e o suco que deixam nos dedos perpetuam o doce de as ver reflectidas nos olhos amamos. Aqueceu-me o coração ler este seu poema, Zef !Que as amoras e a família continuem o seu caminho de doçura.
Um abraço.
Fernanda
Desculpe só hoje vir aqui. Tenho andado arredado e descurei a romãzeira.
Obrigado pelas suas palavras. Estas visitas amigas também aquecem.
Beijos
Enviar um comentário