Na realidade enganaste-me,
depositei o meu amor em ti
como numa caixa forte,
e que aí estaria sempre, dizias,
até que viesse buscá-lo.
Faliste, involuntariamente, é certo
(amor e morte são tão involuntários!)
não há ninguém no teu escritório e levaste
todas as minhas poupanças deixando-me as tuas.
Não sei que fazer com elas, é o que é,
nem com toda essa fé que tinhas no mundo.
(Jordi Virallonga; Quanto sei de mim - Tradução de Carlos Veiga Ferreira; teorema)
25.5.10
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6 comentários:
Acho que o meu computador me pregou uma grande partida e, cada vez que abria o seu blogue, nada, não me actualizava nada; agora de repente uma série de posts... este é bonito, muito mesmo, mas apreciei ainda mais os da sua autoria. ( enfim, percebo que está tudo bem, netas e demais família, estava para lhe telefonar, que já me preocupava a ausência. Temos que combinar o jantar, agora que o tempo vai melhorando!!!)
Abraços.
Obrigado, Renda.
E quero que continue a gostar.
Bem haja por se ter preocupado. Estamos bem, apesar das muitas deslocações. E o tal jantarinho não vai falhar...
Beijos
Dói-me este poema, de tão real que é...
Abraço,
alece
Alece, um abraço, dos grandes.
Este Virallonga que me é desconhecido tem um problema daqueles!
:)
ana
"Assim, paradoxalmente, é uma poesia que utiliza o drama para conseguir a serenidade", diz Nuno Júdice sobre "este Virallonga".
Ana, bom verão.
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