Sei que me basta estar entre aqueles de quem gosto,
Que estar pela noite na sua companhia me basta,
Que estar pela noite na sua companhia me basta,
Que me basta estar rodeado da bela, curiosa, sorridente carne que respira,
Pois o que é estar entre eles, tocá-los, descansar levemente o meu braço à volta do pescoço dela ou dele?
Não peço outro contentamento, nele nado como num mar.
Há qualquer coisa no facto de se estar junto a homens e mulheres e obsevá-los, no contacto e no cheiro deles que tanto agrada à alma,
Todas as coisas agradam à alma, mas estas agradam-lhe mais.
Walt Whitman; Folhas de Erva - Selecção e tradução de José Agostinho Baptista; Assírio & Alvim.
2 comentários:
Das coisas que agradam à alma, estas são tanto e tanto, tanto, que se bastam e nos bastam.
E, mesmo não sendo nunca as bastantes, é por aí que cada momento aspira ao sempre
Abraço
Verdade, Rui.
E, também, se “o sempre” ficar longe, muita coisa já se tem.
Um abraço
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