A Terra ao Sol dá nascença
todas as manhãs, e lava-se na água
(Robert Bringhurst, A Beleza das Armas; trad. de Júlio Henriques; Ed.Antígona)
A manhã agoira silêncio frio. Não é da falta de sol, mas dos olhos, que deles vive o sol e a água que trazem às vezes não é de luz.
O pardal atravessa a árvore no sítio mais luminoso.
Sábios os olhos dos pássaros a perceber as paisagens pardas e a ir por céus abertos, e as manhãs são as cartas dos nossos olhos, levadas no voo dos pássaros.
Estuda-lhes a humidade; no pino do dia, escuta as sementeiras e repousa. Faz aí a tua casa.
As aves não tardam.
12.10.12
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5 comentários:
E as castanhas...
Mais que um bilhete, um postal, uma carta na manhã.
E pois é, ou assim parece...contra todas as expectativas, mais ou menos mediáticas, são possíveis voos, é possível agarrar o chão.
A fazer lembrar (como é urgente) a terra, e a semente que merece.
A vida é feita de presentes, Zef. Como tão bem sabe, sem reticências
Por mais este, um abraço
Rui
São gente as flores e os pássaros...e são sábios ainda nos ensinam alguma coisa para não desaprendermos a vida...Abraço.
"As aves não tardam" e nas suas asas os sonhos voam.
Abraço, Zef!
alece
Está bem, Gabzia, catraia miúda. Vai seguir pala camioneta da carreira uma cesta de castanhas e uma cabacinha de geropiga…
Obrigado, Rui. Mereçamos a terra.
Um abraço.
Abraços, Renda, de pássaros e flores à mistura.
Alece, há que tempo a gente não se via…Quem vem não tarda.
Grande abraço
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