A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei por que voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora,
já não vem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: Ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.
- Eugénio de Andrade; Escrita da Terra -
1.11.12
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2 comentários:
E assim se faz o tempo, a coser por dentro.
Não se compreende inteiramente, nem pode
Quando se compreende tudo, ficou quase tudo por entender…
Um abraço, Rui
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