27.12.15

Bilhete-postal atoleimado e fora de estação

Andamos bem. Os skates esparramam-se nos half pipe.
Levamos as cores dos Leggings tribal e os desenhos.
Andamos que ninguém nos vê. Só nos olham.

Também não vemos ninguém. Não é preciso.
Devias ver as minhas sobrancelhas. Tapam-me os olhos.
Quando as conversas não interessam, abano-as como castanholas de som seco.

Aqui é tudo intrépido. Rapidinho. Não nos comprometemos. Nem com o vento.
Conhecemos os gestos necessários. Os que aproximam e os outros quando apetece e por pouco tempo.

Andamos a voar, sempre a voar
t-shirt cinza, Lightning Bolt, ténis que prolongam a nossa delgadez,
nuvens finas nos levam e estamos a gostar.






4 comentários:

ana/anita disse...

Porque é que não há aqui comentários? A romãzeira andou por outros trilhos, mas a romã,ela, vê muitas coisas...😃

zef disse...

Boa noite, Ana/anita. Pois é, isto anda pobrezinho...

Soledade disse...

Que surpresa, este poema, Zef! Gostei!

zef disse...

Olá, Soledade! Não me lembrava disto...E, se calhar, a senhora mana do meio não vai ver esta resposta: que boa a sua surpresa! Beijinho: