Tenho trato com o vento. Ele traz-me os cheiros do meu amor e leva-lhe os meus recados. E faz muito bem o que tem de fazer. Se a porta está fechada, pára e espera com muita paciência. Não vai pela janela, que não é entrada das pessoas. Quando a porta se abre, vai devagarinho e sem barulho pôr uma flor na cama do meu amor. Leva o meu cheiro e umas gotas a reluzir.
podem ser do orvalho ou gotas salgadas.
Espero com a paciência do vento.
4.11.07
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11 comentários:
Belo poema de amor...
Quanta ternura emana deste poema!
Melancolia também, ou talvez não.
Há dias em que os olhos nos atraiçoam, e não nos deixam ver claro. Deve ser isso... olhos tristes.
Um abraço, Zef!
Obrigado, Amélia. Coisas de fim de tarde...
:-)
Beijos nossos.
Meg, para além dos tais setenta por cento de água, que nos fiquem a ternura e a melancolia!
Um abraço
Parabéns pela simplicidade e beleza do poema.
O vento por vezes é impaciente, mas pode trazer-nos palavras ternas.
:)
Talvez seja preciso escolher o vento, os sítios para onde sopra! E, também, donde vem.
Bons ventos, Alece.
Olá Paulo. Gosto por voltar a vê-lo por aqui. E, claro, contente por ter gostado!
Não gosto de rosas mas gosto dos sons das suas palavras.
E sim, Zef, o convite estava aberto a todos. Teve graça e agradeço-lhe.
Um abraço
Olá Lis!
Não gostar de rosas...Ninguém é perfeito :-)
Bom domingo e um açafate de framboesas(sei que gosta!)
Eu gosto de rosas que são flores perfeitas ou quase... em tonalidades , umas vezes, vistosas, outras, discretas, outras surpreendentes... Não sei é se elas gostam de vento que podem ficar todas "despenteadas" ... se o vento for brandinho e trouxer na mesma mensagens de amor e do Amor... que venha, esperando eu que só traga boas novas e que as gotas salgadas não sejam lágrimas . E, se lágrimas forem, que sejam de alegria.
Bom fim de semana. Grande abraço.
Boa tarde, Renda, e obrigado pelos seus votos.
Uma rosa despenteada?
" - Ai! Ainda mal acordei...Peço-lhe que me perdoe...Estou toda despenteada...
Mas o principezinho não pôde conter a admiração:
- Mas que flor tão bonita!
- Lá isso é verdade... - respondeu ela, com uma voz muito suave. - E nasci com o Sol..."
Um abraço.
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