Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios -
Os melhores lírios -
E as melhores rosas
Sem receber nada,
A não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também.
Álvaro de Campos
4.2.08
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6 comentários:
Este poema ficava tão bem ao lado de um dos últimos post lá no L&M.
OláZEF
Amigo Zef,
Já o AC sabia que o que vale é a intenção... porque há ofertas que de boas intençoes não têm nada.
Ou estarei pessimista?
Bom resto de Carnaval
Tinha jeito e sabia das coisas este Álvaro de Campos :)
Um beijo (sem carnavais, beurk!)para si e os de Pasárgada.
ana assunção
ÁLVARO DE CAMPOS! Que vou eu dizer? Apenas cumprimentá-lo por aqui o trazer.
Um abraço.
Jorge G.
Mimosas estas rosas e estes lírios...num dia de sol...
Já de volta do Norte?
Um abraço.
OláLis
Ficava bem ao lado daquele post do beijo pedido e negado? - Ficava!
Um abraço
Meg, também penso que sim. E é por isso que vamos aprendendo a dizer NÃO, quando é de dizer.
Abraço.
Tinha, tinha, Ana: "Não é com os olhos que vejo, mas com a alma..."
Era por isso.
Beijos de Pasárgada inteira.
Ora viva, Jorge, e um abraço.
Renda, assim sendo, da terra do sol, mando-lhe uma braçada de flores-cor-de-sol.
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