Agora medirei o tempo
Pela vara erguida ao meio dia
Pela areia a descer o coração
E o sono
Pela cinza no cabelo de Jacob
Pelas agulhas no colo de Penélope
Agora lavarei a minha face
Sem perturbar os círculos da água
Medirei o tempo pelo peso da pedra
De Sísifo, perto do cimo
E pelo musgo que dificulta
a firmeza dos seus pés
Partirei sozinho na viagem
Sem nenhuma pedra ou senda repetida
E no tempo repetido acharei uma saída
Uma manhã depois de uma manhã
Daniel Faria; Explicação das Árvores e de Outros Animais
Fundação Manuel Leão, Porto, 1998
2.1.11
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7 comentários:
Zef, meu querido amigo,
Daniel Faria de novo aqui...
é, Zef,
Agora medirei o tempo
Pela vara erguida ao meio dia
Pela areia a descer o coração...
Obrigada.
Um beijo
Sempre um amanhã.
Bom ANo. Abraço.
Meg, de vez em quando vou pelo Daniel Faria. Gosto sempre. Olha:
Mas tu cresces abundante como um
[ano bom
És uma bênção como um ano bom
Enches-me a casa como um ano bom
Visito o poeta como um rito.
Renda, um amanhã saboroso por causa das manhãs.
beijos a ambas
Quando apareces por cá?
Dia 11 de Março espero por ti: vai ser lançado o meu último livro -OFERENDA ORIENTAL - nocentro escolar de Gandra, junto à Igreja.
Vê lá tu o sítio escolhido!
Trata-se daquele que te mostrei e que se chamava... atira ao oriente, mas com muita modificação e trablaho de poda.
Abraço do
Aires Montenegro
Aires, estarei com o gosto todo.
O sítio não incomoda (os tipos podiam é ter arranjado outro nome: isto de "Centro"...).
Um abraço
tb poxo ir?
:) e já agora dás-me um autógrafo'
Porque não, Cândida? - As portas estarão abertas.
Quanto ao autógrafo, será coisa do Aires...
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