Uma manhã de junho, quando ainda é cedo para acordar
mas demasiado tarde para voltar a pegar no sono.
Embrenho-me pelo arvoredo repleto de recordações
e elas seguem-me com os seus olhares.
Autênticos camaleões, elas não se mostram,
diluem-se literalmente no cenário.
E embora o gorgeio dos pássaros seja ensurdecedor,
estão tão perto de mim que ouço como respiram.
Tomas Tranströmer, 50 Poemas; tradução de Alexandre Pastor; Relógio D'Água,
23.10.13
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2 comentários:
Viva, Zef. Li há dias, no facebook do Orlando um texto teu, tão luminoso como íntimo. Que bom que essa tua escrita chegasse a muita, muita gente!
Um abraço.
Obrigado, Aires.
Um abraço
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