Quando leres um poema que te leve a fechar os olhos,
joga ao faz de conta:
estás a ver a casa
ela vai indo atrás das palavras
cada vez mais pequena
quase chão
só vês as janelas.
O poema é a nossa casa.
Faz ainda de conta:
chega o dia de ir embora
o silêncio vai abrindo as janelas
uma a uma vais vendo as palavras
abelhas cheias de mel.
É a nossa casa. Fica mais um bocadinho.
Colmeal da Torre, 4/Novembro/2013
(a pensar nos filhos e netos)
5.11.13
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2 comentários:
Conforta-nos. Como o poema de Milosz, na entrada seguite. Conforta-nos e reconcilia-nos. Sorte de filhos e netos que têm onde regressar. E de quem os acolhe também.
Bom dia, Zef :-)
Boa noite, Sol :)
Beijos
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