22.10.13

São nómadas e param na meia encosta.
Levam o pavor das terras inundadas e as bagas dos montes não lhes enfeitam os cabelos.

O mar longe põe-lhes a alma mais negra, e os nevoeiros tapam o alto da montanha;
nenhuma pomba aparece com o raminho de oliveira.

Mas olham-se uns aos outros, ouvem como respiram
e entendem que estar triste é tão bom como a alegria das águas abundantes.

(Nota necessária:  hoje, ao abrir o livro que tinha à mão, hábito velho, reli o poema “As recordações olham para mim“ de Tomas Tranströmer. É bem possível que este meu texto seja seu devedor, dado que sei que o livro andou comigo nos finais de Setembro. Colmeal da Torre, 23/Out/13)

3 comentários:

Anónimo disse...

Da esperança ou do aceitar.

Gosto tanto!

Abraços desde Espanha,

Lis

Anónimo disse...

Justamente o que eu precisava para a noite, Zef
e ficou claramente mais cheia

zef disse...

Nota necessária: hoje, ao abrir o livro que tinha à mão, hábito velho, reli o poema "As recordações olham para mim" de Tomas Tranströmer. É bem possível que este meu texto seja seu devedor, dado que sei que o livro andou comigo nos finais de Setembro.

OláLis. Esteja bem por aí, que é bom ver nascer o sol do lado mar.
Beijos

Abraço, Rui. Tenha tido boa noite.
Um abraço