Feliz aquele que administra sabiamente
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
(Ruy Belo; O Problema da Habitação - Alguns Aspectos)
Examinemo-nos bem, meninos muito sérios
a escandir as palavras que ainda não disseram.
Não é a alegria das giestas que doura as tardes de domingo;
baloiçam sem saber, não dão conta dos dias.
Não é o amarelo do monte a vestir-nos, como quando vagueávamos pelas colinas,
que prepara o crepúsculo. Mas as luzes é bom.
Bendito o fogo amarelo das flores de domingo,
como quando nos despíamos ligeirinhos como o vento.
A quem reparte os olhos pelos campos a vida louvada seja.
15.5.12
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2 comentários:
E louvada seja a vida de quem sabe repartir a tristeza pelos dias, mansamente. Não é fácil, quando as vagas de tristeza tombam sobre nós à medida que as vamos desfazendo, não acha, Zef?
Um abraço.
(hoje, a Amélia não vai comentar...)
Um abraço, Fernanda. Não será fácil, não; mas há-de ser bom.
(A Amélia há-de vir, tem de vir)
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