19.5.07



Maçã, amora, romã na tarde vermelha, bocas de brilho, doçura nos olhos.
Dormem no chão de marcela.

Quando a luz do quase fim do dia chegar, ainda irão pelos campos fora a cantar a música que lhes falta.


13 comentários:

rendadebilros disse...

Não anda no ar apenas o cheiro da trovoada; o perfume dos frutos e as cores são muito mais atractivos...
( Pois vejam lá como é observador o meu amigo - aquele actor que representava o Arcebispo é nem mais nem menos o Coordenador geral do espectáculo... com muita responsabilidade... havia outras críticas a fazer a outros, mas, em geral, o espectáculo mobilizou as pessoas...)
Bom sábado.

Anónimo disse...

Olá Companheiro:
O seu "post" de hoje traz-me à memória cheiros da minha infância que se misturavam com os dos campos lavrados e da erva molhada pelas chuvas de Maio...

Mas já não se houvem o toque das Trindades, nem o chiar dos carros de bois no regresso a casa e cujos ecos se perdiam no horizonte rubro pelo por-do-sol.

Um bom fim de semana e Aquele abraço do
Cruzeiro

Anónimo disse...

Mil perdões pelo "ouvem", mas... o "h", embora mudo, está onde não devia...creio que nem o regresso a de salutar convívio de ex-camaradas de armas justificam tais "manchas"... nem as horas

Obrigadinho e renovo os votos bem como o abraço do
Cruzeiro

Amélia disse...

Cruzeiro: quando entrar em funções o famigerado (já morreram, entretanto, os seus dois autores) acordo ortográfico desparece o que se não lê...mas espero que tal não venha a ser posto em prática...
À parte isso:
gosto dos sons, dos cheiros
...mesmo neste dia chuvoso (como eu gosto do cheiro a terra molhada...- aqui , na cidade, onde «ninguém olha para o céu/é preciso passar um avião» (agora nem isso)-como dizia o Carlos Queirós, o poeta, claro, que o outro, que se saiba, é bom a treinar futebol, mas não faz poesia- aqui na cidade de betão nem esse cheirinho acontece...Obrigada por no-los trazer.

zef disse...

Haja de tudo, Renda: o que nos faça olhar o chão e também o céu, mesmo que esteja bravo.
(Na sua "Conversa" não falei do peito da Rainha: lindas rendas ela leva a enfeitar suas graças e a dar mais graça ao sorriso!)

zef disse...

Companheiro, essas continuam a ser lembranças de bênção!

zef disse...

Amélia, há sítios em que é bom não estar sempre na "fria luz" e não ter no coração "o pulsar caótico" da cidade, mesmo que nenhuma "Divina mão" nos assista, como ao poeta...

Anónimo disse...

E os dois cordeirinhos ao fundo, hein? Ninguém diz nada dos dois cordeirinhos brancos ao fundo?! E a oliveira?! Apetece essa paz. E os aromas que se adivinham no ar e rente ao chão de marcela branca.
Beijos a todos, em Pasárgada :)

Anónimo disse...

Lembra-se da Vitória?

Aquela desenraizada na terra mãe e trazida e aconhegada na poeira que um dia faremos crescer.

Lembra-se da Vitória?

Já deu fruto...
...ensinou-me que até a azeitona vem de uma flor!

zef disse...

Beijos, Soledade. Os cordeiros estão lá, mas redimensionei mal a fotografia...
É por causa daquele chão e sombra que ainda deve faltar muito tempo para se ir pelos campos fora...

zef disse...

"Lembra-se da Vitória?"
?
:-)

Anónimo disse...

Ponho-me a pensar se aqueles dois cordeiritos que lá estão ao fundo teriam comido todas as florinhas brancas do prado de lá, mas acho que é mais coisa para as floritas lhes terem deixado aquele espaço. Imagino-as um dia bem cedinho a passar uma por uma aquela cancela e a juntarem-se todas do lado de cá para não incomodar.Tch, está a ver no que dá "mal redimensionar" a foto!
Beijo
ana assunção

zef disse...

É isso, Ana. Aquelas flores não ficaram à espera de quem lhes fizesse uma redoma (a rede e a cancela são vedações muito complacentes...); uma por uma, e devagarinho, não fosse alguém ficar melindrado, passaram-se para o lado onde não havia quem gostava de comer flores...E todos ficaram melhor.
Mas, diga lá, aquela ponta de sombra de oliveira a enfeitar a marcela, maldito fique quem disser que o chão não é de marcela..., não é sítio onde se pode ficar, pelo menos até que o sol comece a pôr-se?
Beijos