Os nomes, para as coisas, não são nada importantes para mim. esqueço-me até deles, frequentemente. mas as formas, os contornos das formas, os cheiros, esses não esqueço, não, e guardo-os sempre na gaveta das memórias.
E muitas vezes pelo nome evocado, em surdina, como quem aprende a falar, se reconhece a memória, nos acalmamos, sentimos que o que foi bom viver. Os aromas e sons também têm esse condão. Um bom dia, cinzento e molhadito, por aqui.
Jorge, não sei bem. Há coisas que, sem nome agarrado, mudam de ser. Mas também é verdade que há nomes que podem ir indo. Como as coisas que representam... Temos razão os dois? Um abraço
Mana Soledade, sobretudo os nomes que demos às coisas. Uma vez, inventei um nome para uma coisa que tinha música, cheiros, contornos e cores, céu e terra, como fala o Jorge. Chamei-lhe mãoseternura. Também escrevia manseternura e lia, muitas vezes, baixinho, mãeseternura. O som sibilante andava entre o sonoro e o surdo. Nomes assim ficam na arca do peito. Beijinhos
E, muitas vezes, Fernanda, dá vontade de pegar nos nomes e i-los "Aos montes insinando e às ervinhas"... Por aqui, o dia também não presta, mas não estou no sítio onde frio e sol são sempre bons... Beijos
E está assim bela esta coisa? colorida e fantástica??? E em que sonhos entramos, quando a vida é assim bonita, como nas suas palavras??? Bom fim de semana...
17 comentários:
ZEF:
Receio não estar de total acordo consigo.
Os nomes, para as coisas, não são nada importantes para mim. esqueço-me até deles, frequentemente.
mas as formas, os contornos das formas, os cheiros, esses não esqueço, não, e guardo-os sempre na gaveta das memórias.
Um abraço.
E é por esse afecto cultivado e convocado à memória que tudo dura -objectos, rostos, aromas... E também os nomes. Nomear também é evocar.
Boa noite.
Soledade
E muitas vezes pelo nome evocado, em surdina, como quem aprende a falar, se reconhece a memória, nos acalmamos, sentimos que o que foi bom viver. Os aromas e sons também têm esse condão.
Um bom dia, cinzento e molhadito, por aqui.
Jorge, não sei bem. Há coisas que, sem nome agarrado, mudam de ser. Mas também é verdade que há nomes que podem ir indo. Como as coisas que representam...
Temos razão os dois?
Um abraço
Mana Soledade, sobretudo os nomes que demos às coisas. Uma vez, inventei um nome para uma coisa que tinha música, cheiros, contornos e cores, céu e terra, como fala o Jorge. Chamei-lhe mãoseternura. Também escrevia manseternura e lia, muitas vezes, baixinho, mãeseternura. O som sibilante andava entre o sonoro e o surdo.
Nomes assim ficam na arca do peito.
Beijinhos
E, muitas vezes, Fernanda, dá vontade de pegar nos nomes e i-los "Aos montes insinando e às ervinhas"...
Por aqui, o dia também não presta, mas não estou no sítio onde frio e sol são sempre bons...
Beijos
E está assim bela esta coisa? colorida e fantástica???
E em que sonhos entramos, quando a vida é assim bonita, como nas suas palavras???
Bom fim de semana...
Esteve assim, Renda. Deu-lhe um ar...
"Era uma romãzeira em flor e fruto,
segura do seu reverdecer, loquaz",
como a de Fiama.
Abraços
Os nomes, os cheiros, as formas quando guardados na arca do peito perduram...
A menina é bonita!...e a da Fiama também :)
Beijinho
Linda!!
Acredito nisso, "anónimo".
Um beijinho também.
Alece, é linda, sim.
Zef, a anónima aí de cima de tanto procurar uma tal página esqueceu-se de assinar...:) mas mantem o dizer tal e qual!
outro beijinho
ana assunção
Ana, já sabia pela "caligrafia"... :)
A tal página não será 372?
E dEsta vez eu nada disse- mas senti e sinto.Beijos
na simbiose da ternura.
E já tinha notado, Amélia... :-)
Beijos
Bom dia, Helena.
E não é esta a simbiose que nos alimenta?
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