15.10.07

Berceuse



Que me dizem os teus olhos de água?
Que tenho talvez sede, uma sede final.

Que me diz a tua boca bela?
Que a minha felicidade está toda aí.

Que me diz a tua fronte de estrela?
A lâmpada arde dentro de casa.

E os teus belos braços em corbelha?
Que me terás tranquilo e silencioso.

Noël Vesper(Nouvè Vesper)
-in: Antologia da Poesia Provençal Moderna, Selecção de Louis Bayle e Manuel de Seabra; Tradução Directa do Provençal de Manuel de Seabra; Editorial Futura, 1972-

5 comentários:

Meg disse...

Ó Zef, isto é uma ratoeira ou um momento divertido? Mas eu volto, podes crer! Nem que seja daqui a uma semana!
Um abraço

zef disse...

Não é, Meg. Reconheço que este Chagal à entrada do poema é discutível. Mas é apenas indicador da leitura que fiz. Dei-lhe o registo de sensualidade. Pode não ter sido o mais ajustado, mas foi assim que, no dia quinze, o li...
Um abraço e apareça breve.

Amélia disse...

Zef:gostei do poema e gostei muito, muito, de vos ver no dia 17 - lamentei não ter podido dizê-lo convenientemente,porque estava demasiado "tomada" pela dificuldade de atender todos os amigos presentes. Obrigada, amigos.Beijinho especial à Inês

Meg disse...

Pois o Chagal embotou-me o raciocínio... depois a poesia provençal... São dias, amigo Zef!
Um abraço

zef disse...

Amélia, gosto de a ver aqui e foi muito bonito termo-la visto na Casa Fernando Pessoa...
"Havia um menino
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol."

Os beijinhos estão a ser entregues, apesar de a Amélia me andar a trocar os nomes à família...
Grande abraço


Meg, voltaste rápida...e continuo a pensar que li bem o poema...São dias, amiga Meg!
Abraço