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Os corvos têm andar pobre, mas voam com o brilho todo nas asas.
No fundo do quintal não há rumores de água, mas uma manhã de sol ainda vai trazer os solfejos esperados
mesmo nas asas dos corvos.
No fundo do quintal não há rumores de água, mas uma manhã de sol ainda vai trazer os solfejos esperados
mesmo nas asas dos corvos.
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Dou sementes aos pássaros.
Acodem corvos de asa arrastada, mas voam brilhantes como música.
Acodem corvos de asa arrastada, mas voam brilhantes como música.
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Todas as manhãs ponho a mesa e espero a música.
3 comentários:
Esta música vibra ao sol fresquinho que brilha nas asas negras dos corvos... com que então à espera da música??? Agasalhe-se... que está frio!!!
( é verdade é... vi o cartaz afixado numa papelaria/livraria ao lado da farmácia central... e olhe... nem queria acreditar nos meus olhos ... à tarde , fui lá e tirei a foto...)
Bom fim de semana.
Adoro os corvos, Zef. Gosto do crocitar, da labareda das asas, gosto quando passam solitários ou em pequenos grupos. Eles dizem-me do tempo.Ou de um modo de viver o tempo. Como o seu poema.
A fotografia do Marco é esplêndida, o negro e a gota de ouro.
Um beijo a todos
Renda, estude os pássaros logo pela manhã: mal se nota o frio!
Um abraço
(O cartaz referido é sinal de gente desgraçada, que sabe(?) o que faz).
Soledade, "um modo de viver o tempo": está certa.
(Estou a abusar das fotografias do Marco, que não se importa...)
Beijos de todos.
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