(Senhora com o Menino Salvador do Mundo-Cerejais)
Não choreis, belo Menino,
Se de amante vos prezais,
Porque amor que chora mais
É sempre amor menos fino.
Limpai o vosso rosto divino
A quem a minh’alma adora,
Que se a vossa Mãe vos chora,
Meu Deus, com tantos rigores,
É porque ao nascer das flores
Costuma chorar a aurora.
Jerónimo Vaía (n. 1620/30; m. 1688)
8 comentários:
Zef,
Depois de uns problemas lá "em casa", cá esou de volta para oôr a leitura em dia...
"Porque amor que chora mais
É sempre amor menos fino"...
e parece que é mesmo, Zef!
Não cá pela zona mediterrânica, enfim, mas ainda vigente em muito mundo.
Um abraço
Agora chora o céu... mas neve só lá pela Serra
( Diz bem: os alunos é que movem os Professores. O problema é a falta de energia quando se chega junto deles. Energia gasta em faz de conta...)
Vou começar a desejar Boas Festas que , depois, chega a Princesa numa visita breve , muito breve, e não tenho olhos para mais nada!!!
Boas Festas e um Ano cheiiinho de saúde e momentos muito felizes e aqui incluo a Esposa filhos e filha e companhia... sem esquecer a mais pequenina Princesinha...
Grande Abraço.
Ah, Zef, que poema tão mimoso! Para os pequeninos saberem de onde nascem as flores e as lágrimas das mães. Uma ternura! Lindo!
Um beijo para si e para todos
Que bonito poema!
Vou também zarpar alguns dias para perto da minha mãe e assim, se me puser no alto da torre do castelo lá do sítio quase vos vejo ao longe:) Claro que hei-de assenar e mesmo que não dêem por nada ficarei contente por sabê-los aí.
Abraços a todos e votos de Boas Festas. Agasalhem-se bem!
ana assunção
Meg, apesar de gongórico q. b., este Frei Jerónimo aqui está muito contido e tem mesmo razão...
Um abraço.
Renda, que a filha continue a encher-lhe os olhos de risos e sorrisos: também servem para isso(os filhos e os olhos).
(Julgo que os professores ainda têm força para calar as e os senhores das ciências da educação transformadas em ciências ocultas(ou ao contrário?)...
Soledade, beijos de nós todos.
Este quase meu comp(f)rade(...) escrevia assim, de certeza, quando se recolheu a Tibães e deixou de ser homem de Corte...
É um poema mimoso, Ana, (disse-o quem sabe muito bem de coisas assim).
Veja e olhe sua mãe, saia do castelo, suba pela A23...é um instantinho...
Apesar do frio, por aqui há sempre agasalho.
Zef: gosto do poema e da imagem que o acompanha -tenho de visitar esse sítio...
Mas eu conhecia o autor pelo nome de Jerónimo Baía e não Vaia...será que tinha os dois?
E gosto em geral da nossa poesia do barroco...
E agora venho deixar-te os meus votos de FESTAS FELIZES E QUE O 2008 TE TRAGA TUDO O QUE MAIS DESEJARES.
Um abraço
Amélia, também gosto deste poema, muito longe daquele em que o mesmo Frei Jerónimo fala do Menino como de produto de pastelaria...
Escrevi Vaía: também dá por este nome; fui por aí por...quando comecei a ler coisas dele, estava em terras de trocar os bês pelos vês e o contrário...
Meg, um abraço; obrigado pelos votos e desejos.
Que estes dias te sejam também muito bons.
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