13.4.12

Dos sorrisos 2

Sentava-se também numa cabana a contar os pássaros.
Cada um trazia uma palavra e eram todas lavadas e ia vesti-las roupa nova.
E perguntou a quem era de perguntar se eram de expressão as rugas que levava.

9.4.12

Dos sorrisos 1


Habituou-se a olhar as nuvens dos sítios de onde via o céu: andar de avião não o entusiasmava.
Foi viajar e ia lendo Tonino Guerra, “Histórias para uma Noite de Calmaria”.
Fechou os olhos: era uma nuvem azul à vidraça do quarto dos filhos.
Era também um velho a entrar nas águas largas do mar.
E quem ia ao lado perguntou por que sorria.