30.5.11
21.5.11
Ouve-se ao longe
tenho pés de vento
sou cavalo solto crina de muitas cores
a voar por cima dos prados.
Olho os campos inocentes,
breves.
Nota: esta fotografia foi-me dada e vinha assim:
O que de relance parece liberdade é prisão.
A casa, outrora verde,
cinzenta veloz, já nem vemos.
Ficou parada nos relâmpagos
que arrastam a solidão...
(Obrigado, Tiago)
7.5.11
(Foto de Tiago Silva)
Co'a candeia de estrelas * saí rumo aos céus
(Elytis)
Nos dias de acordar cedo,(Elytis)
o pinheiro do quintal aleija a memória.
De noite, estirou-se sem jeito.
Único sonho sério, examino-o,
e vejo as palavras, peças de roupa,
as que nos vestiram e as da transparência,
a abanar, doidas indefinidas,
sons e sentidos versáteis, alados. Informes.
Tão longe das nascentes.
Que fazer da frescura dos prados
e das palavras que organizámos?
5.5.11
Diurno
Eternas são as tardes
em que o cheiro da maresia
se pendura nos cabelos molhados
pelo suor amável do dia
e a doçura de alfarrobas
no verniz escuro das vagens
entre os lábios é como
outros lábios carnudos.
Soledade Santos; Sob os teus a terra - Artefacto
em que o cheiro da maresia
se pendura nos cabelos molhados
pelo suor amável do dia
e a doçura de alfarrobas
no verniz escuro das vagens
entre os lábios é como
outros lábios carnudos.
Soledade Santos; Sob os teus a terra - Artefacto
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