1.10.07

De pequeno aprendeu-se, sem se saber dizer, que a sombra e a quentura da casa era o que nos apagava o choro e nos dava o sorriso.

O nosso saber era do tamanho da sombra da casa e o coração tinha os limites dos olhos dos pais.
Éramos tão grandes e importantes como a voz grossa do pai e cabíamos nos olhos da mãe,
que eram grandes como o alguidar de água morna em que nos lavava.

(Durante um debate na Televisão: quem decide pelos mais pequenos?)

12 comentários:

Amélia disse...

Tão bonito e verdadeiro! Há muito não vejo esse programa, em geral para execrável e descaradamente pró-governamental(talvez por isso a dona do programa foi condeco
rada...)- quem disse isto, lembra-se?

Meg disse...

Zef,
Mas isso era dantes... mas muito antes.
Hoje toda a gente se demite... desculpa, mas chegámos ao mercantilismo... até procriação.
Onde está o amor que compensa os sacrifícios?
Esse amor que te pressinto é há muito renegado.
Venham os bens materiais em primeiro lugar.
Desculpa o desabafo, mas fiquei assim depois de...

Um abraço

Lis disse...

Nunca vi tal programa. Na verdade, quase não vejo televisão mas se antes era por vezes de menos agora é sempre(ouso o sempre) demais. Que presidente, que primeiro-ministro terá o meu país quando eu tiver 60 anos?

PS: Pode roubar o que quiser lá do Letras e Manias,se me deixar roubar aqui umas coisinhas. É que assim podemos usar o dito popular: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

rendadebilros disse...

E uma juíza, creio - vi uns respigos curtíssimos - andou às voltas com os superiores/ legítimos interesses da criança sem conseguir explicar o que eram...

Um abraço.

zef disse...

Amélia, Meg, Lis, Renda: aguentei o debate com muitos fernicoques e não só por causa da apresentadora, mas, desta vez, sobretudo por causa dos peritos e aplicadores de procedimentos e códigos. Às vezes, parece que há pessoas que passaram por processos de transgenia que as atiraram para a espaço da robótica bem encadernada. Se calhar, é só quando não se pensam magistradas e magistrados que fazem parte da nossa espécie tão ignara...
Beijos

zef disse...

Lis, roube, esteja à vontade!

Anónimo disse...

Que pena não ter visto o programa.
Um abraço,
alece

Meg disse...

Zef, então?
Esse pedacinho de prosa... quando vem? Prosa ou poesia, claro!
Um abraço

Anónimo disse...

Poderá até ser mas não estou prudente. A vida é curta.
Um abraço.

Aguardando novos posts seus.

Lis

Anónimo disse...

Eu estou sempre "por fora". Um dia ainda vou ligar a tv. Quzando for grande :)
Zef, como está? Tudo em boa ordem? Deixa a romãzeira sem voz uma semana e quem se junta à sua sombra ou à roda das flores sente-lhe a falta. Espero que esteja a descansar em Pasárgada, a recolher a luz e os aromas deste belo outono.
Beijos para todos

Amélia disse...

Também eue stranho este vazio em que nos deixa, amigo.Muito ocupado com a neta?Sew for isso, ela tem de ter primazia...o melhor do mundo não são as crianças?

zef disse...

Alece, penso que não perdeu nada!

Meg, são as folhas do Outono que nos põem a dormitar!

OláLis, tenho um conceito esquisito de prudência...

Soledade, é coisa boa ainda(ou já?) não se ser grande.
Quanto à romãzeira, anda a olhar para dentro e faz muito bem...

...e isto é também para a Amélia.

Beijos