Fui ao vale de algum do meu crescimento e cruzei-me com um monge. Levava o cântaro do leite para os irmãos mais idosos.
Trazia os olhos no chão, mas tratei-o pelo nome.
Que festa de reencontro e conversa comprida!
Conversámos como há muitos anos, pouco mais que adolescentes.
O monge recolheu-se.
Levava uma ponta da alegria difícil de ler.
Ainda lhe conheço algumas letras.
6.6.10
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4 comentários:
Dante disse não haver maior infelicidade que voltarmos aos lugares onde fomos felizes.Não sei se será assim.São bons os reencontros.Neste caso um reencontro feliz transformado pela palavra.
A distância - de tempo, sobretudo - faz-nos entender coisas outras... como a importância de muitas que designaríamos ao tempo como sendo insignificâncias ou das quais nem sequer nos aperceberamos.
É terno este teu registo - como muitos dos que vais partilhando.
Abç
Regressamos ao passado mas mantemo-nos no presente e faz-nos bem este fio a unir os tempos. Se traz serenidade, ainda é mais saboroso!!! Dito desta maneira... é uma partilha extraordinária!
Abraço.
Mas, Amélia, passar por onde tivemos, achamos que tivemos, momentos de alguma tristeza à mistura com alguns gostos é uma maneira de sentir alguma alegria.
Um beijo
Tsiwari, é isso. O tempo põe-nos a jeito de ver melhor.
Olha que ternurei-me: a placidez e cuidado de quem levava a ceia!
Um abraço
Renda, "serenidade", é isso.
Mas aquele sítio é assim!
Um abraço
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