1.5.11


Disse que te guardo nos olhos. Estás lá como criança na barriga.
Quando vieres, será como a primeira luz: vemo-nos logo, e pelos mesmos olhos,
e vamos rir até chegar a minha noite.
Depois, vou ficar agasalhado nas tuas pálpebras.

13 comentários:

Amélia disse...

Que sorte tem a principal destinatária!Belíssimo poema, Zef!

rendadebilros disse...

...há sempre uma misteriosa estrela para lá das palavras. Abraços.

Ronilda David disse...

Que belo...Zé
"...vou ficar agasalhado nas tuas pálpebras..."
Somente uma alma sensível tem a capacidade de expressar o que vai por dentro assim dessa forma.
Você lembrou o meu amado, era assim tambem que ele escrevia com o coração nos dedos.

Um prazer enorme estar aqui na tua romanzeira ouvindo com os olhos.

Um abraço.

Anónimo disse...

esta noite pousei por aqui,
mas a leste ela nasce, escura,
logo a seguir ao recolher dos pardais

agora até os corvos, aves do crepúsculo, dormem
e eu não sou corvo, apenas um pardal tardio

amanhã voltarei

fernanda sal m. disse...

Olá, Zef. Tenho andado por aqui a ler, silenciosa e pensativa, depois de uma ausência forçada. Mas este agasalho vai-me dando forças para (re)começar a ouvir e falar.
Boa primavera com o calor familiar.
Um abraço.

zef disse...

Amélia, e tenho para mim ter havido entendimento certo por quem de direito…

Renda, por causa do gosto pela descoberta…

Ronilda, obrigado. Contente também pelo que diz. Visitei o seu sítio. Gostei e hei-de voltar.
Um abraço.

Fernanda, bem haja. Gosto de a ver aqui e o que diz põe-me criança corada…

zef disse...

Anónimo, bem vindo,
não me enganava se pusesse aqui o nome…pardal que não é tardio.

pardal tardio disse...

Sabes bem quem me aconchegou enquanto criança.

zef disse...

E é bom ouvir isto!
Boa noute.
Inté...

Anónimo disse...

Quando tudo terminar vamos rir as gargalhadas,mesmo sem a noite chegar o ninho ficara pronto no telhado,na árvore ou no chão

zef disse...

Amém, amém, mana chata :)
Conheço-te pelo rasto...
Beijos

ana/anita disse...

Zef, há séculos escrevi aqui, precisamente aqui, qualquer coisa...era sobre ternura, disso estou certa... Poisou, voou,marchou o comentário (o que talvez seja da sua condição)mas a ternura fez ninho...
Beijinhos
ana assunção

zef disse...

Ana/anita, verdadeverdadinha que não vi. Dei conta, há dias, de a máquina do blogue andar em obras. Pode ter sido por isso.
Mas nem tudo marchou...
Beijinho