21.3.14

Não são frios os silêncios

Vamos por desperdícios amorosos
tarde doce, olhos palavra

mãe sentada no balcão a ver os pássaros na cerejeira,
língua de fumo das casas antigas.

Delicados são alguns patamares da vida
e íngremes as escadas do silêncio.

Onde passa o vento de todo o lado,
o alto das árvores é de palavras lavadas.

O silêncio chama os frutos pelo nome.

3 comentários:

manuel disse...

Maravilha,
na busca
dos nomes
que o silêncio dá...,
meu poeta!

Soledade disse...

Nem todo o silêncio dói, de facto. Ou não sempre. Aqui, evoca os dias lentos, as lembranças doces. E chama a primavera. Gostei muito, Zef!
beijinho

zef disse...

Olá, Manel.
Gosto da tua leitura,
meu amigo!
Abraços e beijos para aí,
e Bretanha também...

Não sempre, Soledade.
Lembranças doces.
Beijinho