14.11.07

O Silêncio


Ouve, meu filho, o silêncio.
É um silêncio ondulado,
um silêncio
donde resvalam ecos e vales
e que inclina a fronte
para o chão.

Federico García Lorca - Trad. de Eugénio de Andrade

8 comentários:

Amélia disse...

Zef: venho também aqui dar-lhe os parabéns pelo seu dia e no seu quintal onde está a romãzeira...

Anónimo disse...

"Um silêncio ondulado" e frio, desanimado...Gosto do poema, mas, como dizer, ...não gostaria de o ler aqui.
Beijos para si e para todos
ana assunção

Anónimo disse...

Como diz a Ana: nem o silêncio do poema, nem o da foto. E no entanto ambos estão aqui, onde as árvores têm voz. Às vezes é assim.
Já é dia 16: um beijo grande pelo dia de ontem e por todos os que se seguirão.
P.S.: Um dia, esse silêncio levanta, como a bruma do outono, e descobre o céu doce.

rendadebilros disse...

Estas pequenas-grandes sensibilidades de dois poetas imensos deixam-nos mesmo num silêncio respeitoso como se entrássemos numa Catedral e rezássemos sem saber rezar!!!
Bom fim de semana.
( Recebi a mensagem... vale-nos muitas vezes o humor... quando se quebra o silêncio!)

Meg disse...

Mas hoje há silêncios que mais parecem auto-estradas infinitas...
Desses silêncios temo a terrível e e implacável previsibilidade.

Um abraço amigo, Zef!

zef disse...

Obrigado, Amélia, Ana, Soledade, Renda, Meg.
Beijos.
O silêncio ajuda a perceber melhor, mas, é verdade, é bom que não seja de duração sem mesura. Que tenha a eficácia da montanha que nos põe o olhar onde deve ficar...
De qualquer maneira, Ana e Soledade, a partir de certa altura anda-se sempre a dizer a mesma coisa!

Lis disse...

Tenho no l&M uma foto do Etna fantástica para aqui.

Não será o não-silêncio?

Um abraço!

zef disse...

Lis, fui ver e deu-me para pensar: o "não-silêncio" deve ser o frio mais ruim que se pode ouvir...
Um abraço