7.5.11

(Foto de Tiago Silva)
Co'a candeia de estrelas * saí rumo aos céus
(Elytis)
Nos dias de acordar cedo,
o pinheiro do quintal aleija a memória.
De noite, estirou-se sem jeito.

Único sonho sério, examino-o,
e vejo as palavras, peças de roupa,
as que nos vestiram e as da transparência,
a abanar, doidas indefinidas,

sons e sentidos versáteis, alados. Informes.
Tão longe das nascentes.

Que fazer da frescura dos prados
e das palavras que organizámos?

4 comentários:

Amélia disse...

ORA...PARA ALÉM DO ESPLENDOR do dia, O SILÊNCIO maravilhado é RESPOSTA...Gostei do poema e da foto...

zef disse...

Animador o seu comentário Amélia!
Para mim e fotógafo que mandou a fotografia adequada
:)

rendadebilros disse...

Ai as palavras... entre os silêncios. Abraços.

zef disse...

Renda, cá entendo que o silêncio é fruto perfeito de certas palavras.
Boa noite, no silêncio perfeito.