26.10.11



Às vezes, a gente sonha desta maneira: estamos a dormir, tudo arrumadinho.
É como descer a montanha, depois de ver o mar e pôr a recato os pensamentos que nos lavaram.
E o sono sabe bem, ainda que venha alguma tristeza.

20.10.11

As nuvens vão-nos levando
doidice vagamunda
bico de ave a dizer o ninho
lume húmido das rosas
açafate maduro.

Doidinhos.

16.10.11

Os homens correm nas estradas
os meninos olham as flores
formas bonitas do céu

as estradas estragam os campos
e não sabem o tamanho dos rios

10.10.11


O relincho dos cavalinhos.
Os filhotes abandonaram o trilho da manada nos montes vadios;
vem o inverno e as narinas duvidosas buscam o bafo morno dos estábulos.

Somos da água e do fogo.