Esta manhã meu irmão procurava
qualquer coisa nas gavetas: remexeu
no armário, nos bolsos dos casacos,
dos capotes e de cabeça e mãos
na cómoda tirou tudo para fora.
Virou do avesso até a cozinha.
Passava de um quarto para outro
sem me ligar.
Quando começou a revistar a minha cama
perguntei-lhe: que procuras?
Não sei. Primeiro procurava um prego,
a seguir um botão, depois queria fazer café
e agora preciso que me digas alguma coisa,
nem que seja uma tolice.
Tonino Guerra; O Mel
Tradução de Mário Rui de Oliveira; Assírio & Alvim
30.3.12
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2 comentários:
Gosto tanto!
Um beijinho,
Lis
OláLis
Também gosto e, às vezes, apetece-me pegar-lhe no jeito...
Beijinho
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