Para gente pragmática, raciocínio à faca. É muito prático.
Ela queria saber se, no meu caso, o início da noite
Era mais proveitoso do que o início da manhã. Passei
Sobre o proveitoso, por ignorar a taxa de câmbio, e
Respondi devagar com muito vago de permeio. Há as
Actividades do dia. As emoções perigosas. Os desatinos
Lentos. E assim por diante. Nada de muito quantificável.
- Rigorosamente - objectou: - A noite não é melhor?
- Melhor para quê? - quis saber.
- Para sonhar, por exemplo.
- Rigorosamente falando, o sonho diurno é o que
Menos esquece.
- É impossível sonhar de dia - disse, muito mulher activa.
- Ninguém pode ter todo o proveitoso.
Maria Gabriela Llansol, O Começo de um Livro é Precioso; Assírio & Alvim
14.8.13
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4 comentários:
É hora de sonhar o impossível (talvez seja), é hora de ser mais que agora (ou talvez devesse). É hora (porque não, ou porque sim) de ser menos certo e mais razoável.
Pois é (ou assim parece), "nada de muito quantificável"
Um abraço, Zef, seguramente
Rui
Viva, Rui.
Talvez seja hora de sonhar, seja o possível, seja o que ainda não o é.
Um abraço.
Pois é, "ninguém pode ter todo o proveitoso". Há quanto tempo... um abraço, Zef.
E não é que ainda hoje se falou de ti, Aires?
Um abraço
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