8.3.08

Porque procuro ser lúcido

Porque sou consciente, ligeiramente inteligente e procuro ser lúcido, desejo que a manifestação que os professores e educadores fazem hoje em Lisboa seja grande, do tamanho das nossas consciências.

17 comentários:

Anónimo disse...

:)
E foi, Zef, foi grande...do tamanho de 100.000 consciências.
Beijo
ana assunção

Meg disse...

Vamos ver, meu amigo. Não faço a mrnor ideia do que vai seguir-se a eata manifestaçáo.
Não vejo grandes vias para o apaziguamento qur permita que, com a cabeça fria, se chegue a uma solução que sarisfaça toda a gente.

Mas optimista não estou.

Um grande abraço

Amélia disse...

Não fui...mas gostei do que vi e fui seguindo pelas TV's.
E sinto-me ainda mais orgulhosa de ter sido e ser professora.Ao lado, não só dos 100 000, mas de todos os que não estiveram lá, mas compartilham da indignação e são conscientes e lúcidos.

Anónimo disse...

Não fui, por outras razões boas, mas tive lá uma nora minha e senti que, com ela, também eu estava lá. Como a Amélia, sempre tive orgulho e prazer em ser professora com gosto e por gosto. Agora, na aposentação, mas sempre "lá" com o coração. Já não estou pessimista. è difícil, muito difícil, chegar a uma situação conveniente e honrosa em que os professores possam fazer aquilo de que gostam: ENSINAR . mas o ideal não e o óptimo, não existem. Sejamos pois conscientes. Para mim, o principal foi conseguido ontem !

Abraços grandes.

Isamar disse...

E estiveram 100.000 consci�ncias, em un�ssono, a clamar por uma reforma feita com quem no terreno tem a nobre miss�o de ensinar.

Beijinhossss

Anónimo disse...

Estive lá, com a nossa escola. Não vi os meus irmãos, espalhados pela avenida da Liberdade. Foram todos. Apertei a mão a um filho teu. Lembrei-me de ti.
O Miguel mandou-me este texto, hoje. Não está mal. Um abraço.
Francisco


Uma imensa lição

Para quem ouve, desde pequeno, os irmãos e os primos mais velhos falar com autoridade e paixão de um 25 de Abril que só eles viveram, e para o qual nós – os que andam agora nos quarenta – não tínhamos então a idade, pôde há dias compreender melhor por que lhes brilham ainda os olhos quando se fala na tal “manhã inicial, inteira e limpa”. Isso aconteceu na grande “marcha da indignação”, no dia dos professores. Por razões minhas, de que no quiero acordarme, também fui à marcha mais concorrida das marchas de Lisboa. De antes e depois dos anos 70, estava muita gente da minha geração, aquela que antecede uma década a do injusto epíteto de “rasca”, e que tem andado perdida algures entre um ramal ferroviário angolano e o eduquês, a que apanhou os últimos “bolos” da escola primária e prestou provas no primeiro “teste-diagnóstico”. De certo modo estamos numa posição privilegiada para entender o que era a escola antes e o que é agora – antes, professoral; agora, contra os professores ou sem eles –, pois somos os únicos dos dois mundos. Somos ainda aqueles a quem não falta honesto estudo, posto que já não vejais presente o engenho e a arte, e experiência misturada ao estudo, pouca. Mas de experiência, daquela experiência que sobreleva o juízo (vede que, pelo menos, tenho lido Camões) quero fazer menção da tarde de Sábado, 8 de Março, em que se desceu do Marquês ao Terreiro do Paço. Asseguro-vos, meus velhos, que este março marçagão teve um cheiro de abril. Queria dizer-vos, por isso, que enquanto descíamos pela Avenida da Liberdade, e tínhamos a rara oportunidade, até com a sua nota turística, de ver a baixa pombalina da perspectiva do alcatrão, nos lembrámos de vós, os apaixonados de Abril. Por contingências da fortuna, foram favoráveis os elementos e Lisboa estava debaixo de electricidade, um céu escuro e tremendo, muito vento e nenhuma chuva. A marcha indignada, e contudo serena, ordeira e solidária – basta que foi marcada pela presença principal de mulheres –, foi um lugar de liberdade onde se pôde respirar longe da abafação, uma daquelas singularidades que bebem directamente da antiga “manhã magmática pré-socrática” (lembro Joel Serrão, citado há dias no Público, e aposto que me entendeis), cheias da alegria contagiante e do espírito fraterno que confunde os grandes-deste-mundo. Do alto da torre a que subiram, é natural que não ouçam o clamor da indignação. Mas lá em baixo, no terreiro, que lição de liberdade e democracia!
Miguel João Queirós
Abragão

rendadebilros disse...

Fui eu , o marido e as minhas duas irmãs. Foi impressionante. Saber que outros nos "acompanhavam" fazia um nó na garganta...

Mas só quem está de má fé não compreende.

Bem haja pelo abraço. Ando mesmo a precisar! A angústia é grande. Já estou a pensar em aposentar-me em 2 de Dezº: não se aguenta muito tempo este ambiente... sem consequências para a saúde... Sinto que já não posso mais... Estou no limite...

Meg disse...

Amigo Zef,
Em dia de aniversário tenho uma pequena surpresa HOJE lá em casa para os meus amigos. E tu és um deles.

Um abraço

Isamar disse...

Zef, Amigão!

Passeia por Faro, vai às portas do mar ver o pôr-do-sol na Ria Formosa, sobe as ascadas da Sé, senta-te num dos degraus e absorve o aroma das flores das laranjeiras. Eu fico pensando em ti, na tua família e desejo que a minha cidade vos receba como merecem.É minha ,a cidade, porque nela vivo há tantos anos quantos tenho embora tenha nascido na beira-serra.
Um abração, amigo e colega...e mil beijinhosssss.

Amélia disse...

Zef: sinto a falta dos seus posts.Tudo bem consigo e os seus?

Jorge P. Guedes disse...

ASSIM SE CUMPRIU O SEU DESÍGNIO, AMIGO ZEFERINO.

E olhe, hoje que deixei um poema dedicado a uma amiga, lembrei-me logo de cá vir respirar um pouco da sua pesia!

Um abraço.
Jorge G.

alecerosana disse...

e foi grande.
um abraço

Anónimo disse...

E assim se cumpriram os seus desejos, Zef. Estive lá, nessa tarde. Foi exaltante! O que virá não sabemos. Nada é simples e o tempo gira ao contrário, mas o gesto não pode ser apagado. Éramos 100 mim e estivemos todos juntos!

Anónimo disse...

Queria dizer 100 mil :)
E aproveito para deixar um beijinho à gente de Pasárgada

zef disse...

Tenho andado fugido e vou continuar meio fugido.

Embora tempo seja a coisa que mais tenho, vou demorar um tempão a pôr leituras e escritas em dia.

Foi bom. Já somos cem mil a começar "a tecer a Primavera"!

Beijos
Abraços

Anónimo disse...

É preciso, sim, Zef, fugir por uns tempos, afagar outros prazeres para que haja distância e o retorno seja desejado e grato. Também assim compreendo...
Boa e alegre Páscoa, com muitas conversitas com a pequenita e os sinos a tocarem, voando lá no alto...E os campos, tão belos para o nosso olhar repousar.
Beijos e até ...

tsiwari disse...

estivemos.


valeu bem a pena.

e entendo, muito bem aliás, o texto do irmão do Francisco. ;)

abraço