A chuva pede que me cale
ou convida-me a cantar? Ainda
não entendi, vou escutar
com mais atenção, vou encostar
ao búzio delicado da chuva
o ouvido poluído
do coração.
ou convida-me a cantar? Ainda
não entendi, vou escutar
com mais atenção, vou encostar
ao búzio delicado da chuva
o ouvido poluído
do coração.
(Casimiro de Brito; O Livro das Quedas)
7 comentários:
Um poema de Casimiro de Brito, algarvio como eu, que conheci bem em Faro. Numa das artérias mais movimentadas da cidade encontrávamo-nos muitas vezes.E partilhamos o gosto pela poesia. Neste caso, a três! Até a chuva nos vai convidar a cantar. Encostemos o ouvido e ouçamo-la com o coração.
Beijinhos
Sophiamar, Casimiro algarvio de Loulé, verdade. Ouvi falar dele em meados de sessenta, numa praça cheia de laranjeiras. Mas só o conheço melhor quando, como ele, já
"coloquei meticulosamente um pouco de pasta dentífrica
no pincel da barba."
Beijos
Será que se encontra a resposta?
A mim, a chuva faz-me sempre calar. O coração fica molhado, enrugado, triste. Tenho mesmo África e o sol no coração.
OláZef! Que esteja bem!
Lis
É do sítio onde sw pôs o coração...
OláLis! Estamos bem
Há dias e dias... a chuva é bem-vinda umas vezes, outras é bem acolhido o sol... mal é quando o nosso coração anda destemperadao...
Grande abraço.
Quem me dera que viesse agora uma grossa chuvada de verão, forte e limpa... Que hino não lhe cantaria o meu coração ...
Um abraço.
Renda, nos destemperos, fecho os olhos e tento pensar:
"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol."
E chega a ser verdade…
Um abraço
Fernanda, então venha a chuva! Limpa será.
Um abraço.
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