11.7.08



A chuva pede que me cale
ou convida-me a cantar? Ainda
não entendi, vou escutar
com mais atenção, vou encostar
ao búzio delicado da chuva
o ouvido poluído
do coração.

(Casimiro de Brito; O Livro das Quedas)

7 comentários:

Isamar disse...

Um poema de Casimiro de Brito, algarvio como eu, que conheci bem em Faro. Numa das artérias mais movimentadas da cidade encontrávamo-nos muitas vezes.E partilhamos o gosto pela poesia. Neste caso, a três! Até a chuva nos vai convidar a cantar. Encostemos o ouvido e ouçamo-la com o coração.

Beijinhos

zef disse...

Sophiamar, Casimiro algarvio de Loulé, verdade. Ouvi falar dele em meados de sessenta, numa praça cheia de laranjeiras. Mas só o conheço melhor quando, como ele, já
"coloquei meticulosamente um pouco de pasta dentífrica
no pincel da barba."
Beijos

Anónimo disse...

Será que se encontra a resposta?


A mim, a chuva faz-me sempre calar. O coração fica molhado, enrugado, triste. Tenho mesmo África e o sol no coração.

OláZef! Que esteja bem!
Lis

zef disse...

É do sítio onde sw pôs o coração...

OláLis! Estamos bem

rendadebilros disse...

Há dias e dias... a chuva é bem-vinda umas vezes, outras é bem acolhido o sol... mal é quando o nosso coração anda destemperadao...
Grande abraço.

fernanda sal m. disse...

Quem me dera que viesse agora uma grossa chuvada de verão, forte e limpa... Que hino não lhe cantaria o meu coração ...

Um abraço.

zef disse...

Renda, nos destemperos, fecho os olhos e tento pensar:
"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol."
E chega a ser verdade…
Um abraço

Fernanda, então venha a chuva! Limpa será.
Um abraço.