27.10.08

Dedicatória

Estou triste estou triste
Estou desinfeliz
Ó maninha Ó maninha

Ó maninha te ofereço
Com muita vergonha
Um presente de pobre
Estes versos que fiz
Ó maninha Ó maninha.

(Manuel Bandeira)



Quando tenho vontade de morrer
precisado de ir embora
fito os pássaros e as nuvens
sentado no sol dormente.

Duas pancadinhas nas costas
e mãos a abraçar-me os olhos

o sol fica novo

vamos raptar a luz
Ó maninha Ó maninha.

29 comentários:

Anónimo disse...

Que ternura, Zef! Bandeira e o seu poema. Sabe bem lê-lo. Todos precisamos desesperadamente de consolo.
Sei que está aqui perto, ligo amanhã, sim?

Um beijo

Amélia disse...

Assino por baixo o comentário da Sol.
Um abraço

Meg disse...

Querido Zef,

Tristeza ou melancolia?
Não te gosto a fitar os pássaros e as nuvens, precisado de ir embora!
Que o sol fique novo, isso, sim.

Um abraço

Anónimo disse...

Ó maninho ò maninho, que bom saber de abraços, de sol....
A chuva e o frio teimam em ficar...
Ó Maninho Ó Maninho

Anónimo disse...

O Sol brilha mas as nuvens aparecem escuras, será que vem eclipses? Terei a luz dos teus olhos e as mãos que atingem a outra margem?

zef disse...

Sim, Soledade e Amélia, seja a ternura: vinda donde deve vir, nunca venha fatigada.
Beijos
Soledade, foi bom termo-nos visto e demo-nos os recados que nos devíamos dar.

zef disse...

Meg, às vezes fica-se amorrinhado, mas o sol ganha sempre: há-de ficar sempre novo e a gente também.
Um abraço

zef disse...

Ó maninha, a mais velha, reconheço-te pelos sinais...
Deixa lá, que ainda há muito tempo bom para vir.
Beijinhos.

Anónimo disse...

Nunca estamos melhor sozinhos: é o que me inspira este post.


OláZef!
Lis

Anónimo disse...

Sinto que seria bom "sentar-me no sol e fitar as nuvens" ... e poder nelas imaginar, como fazia quando era pequena... :-)
Sabe sempre bem este teu (re)canto... Sabe bem a beleza das (tuas) palavras e das imagens.
beijos
rita

zef disse...

Nunca, jamais, "nunca estamos melhor sozinhos"!
É uma das duas(?)certezas que tenho :)

OláLis

zef disse...

Gosto das tuas palavras, Rita!
Sejamos, então pequenos!
Beijos(e, olha, abraços ao António; e, olha ainda, que o próximo dia oito seja coisa grande.)

rendadebilros disse...

Será do frio da montanha ali acima
Será da chuva tão que cai nem sempre mansinha
Será do calor de uma lareira que se adivinha
Será o Inverno que chega tão sozinho?
Será tudo isso , nada disso, querido vizinho?

Só sei que a reinvenção das palavras do poeta por outro poeta não são nunca menos belas!

Grande abraço.

zef disse...

Ó querida vizinha, menina também de laçarotes...Quando a gente está por montanhas, que é como quem diz:

"Do vale à montanha,
Da montanha ao monte,
Cavalo de sombra,
Cavaleiro monge,
..."

às vezes fica-se assim...e...pronto!

Um abraço grande

rendadebilros disse...

Hoje os "senhores" do burgo terão a honra(?) de inaugurar um monstro pelo nome de Centro comercial Vivaci no centro da cidade... o zé povo amanhã irá a correr para lá ver o "monumento"... iludido , extasiado, deslumbrado... o trânsito hoje já reflectiu a mudança... oxalá amanhã o comércio tradicional não se arrepele... e feche...e acabe a euforia antes do que se pensa... por agora , tudo é festa!(???)

Anónimo disse...

O dia 8 só será "coisa grande" se também estiveres... porque temos de estar TODOS.
Até sábado :-)
beijo
rita

Anónimo disse...

Enquanto houver pancadinhas nas costas,abraços, ternura no olhar,um presente mesmo sem laçarote consegue dar alegria.
Mesmo com nuvens, deixemos o sol brilhar.
Beijinhos cheios de pancadinhas nas costas da mana chata

zef disse...

Renda, nesta semana passei pela Guarda duas vezes.
Não faltará muita para que só diga bem da Guarda quem...olhe não sei!
Um abraço

zef disse...

Rita, até amanhã, está claro!
Beijos

zef disse...

Olá, ó mana chata :)
Bom presente é esta tua mensagem. E, olha, mesmo desembrulhado, sabe bem.
Qualquer dia, ainda temos de arranjar umas bengalitas para passearmos todos na sombra das tílias do adro da igreja, dessa rerra que não renego, se não aparecer mais algum safado que o estrague ainda mais.
Não era lá que brincávamos nas tardes dos domingos? São estas "pancadinhas nas costas" que nos vão fazendo bem!
Beijinhos, mana chata.

Anónimo disse...

Foi bom sentir a tua força na nossa luta.
beijinhos

zef disse...

E, Rita, foi com muito gosto que participei
Beijos

rendadebilros disse...

O lugar é agora o sítio do centro comercial... pois é!!! ...
Só dirá bem da Guarda quem não V~e nada nem epnsa nada...

Soledade disse...

Hoje é o dia 15 de Novembro, que nasceu frio e ensolarado, uma bela manhã de outono, com arzinho de geada e muita luz. Venho ver de si e encontro-o ainda em Outubro. Mas o tempo passa, meu senhor mano do meio. E hoje gostava de estar convosco, na luta, em Pasárgada, aqui.
Feliz aniversário, Zef :)

zef disse...

Renda, às vezes apetece dar-lhe razão!
:)
Um abraço

zef disse...

E está, senhora mano do meio!
O que ando é engronhar e até sei que não adianto nada, mas pronto...
Beijinhos e é bom ter-se lembrado!

zef disse...

Queria dizer senhora mana do meio...
Os meus perdões!

Rui Antunes disse...

Muito bonitos e inspiradores, caro Zef, o seu texto e o de Manuel Bandeira.
A comoção lembra-nos que estamos vivos, e poesia como esta ensina-nos a viver de pé
Abraço, deste Rui

zef disse...

Então, mantenhamo-nos de pé, Rui.
Um abraço