Nas margens dos rios imaginando pontes
Quando já só no nosso pensamento deslizavam
Debaixo da sombra das liras
Ali nos pediam - em solo alheio -
Que cantássemos canções da nossa terra.
Como poderíamos cantar a nossa infância
Tão longe, num país estranho?
Os salgueiros têm folha persistente
Sob a sombra persistente a mudez
Junto dos rios da Babilónia
Foi a única das nossas alegrias
(Daniel Faria - Homens que são como Lugares mal Situados - Fundação Manuel Leão, Porto, 1998)
20.10.09
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8 comentários:
Embora já conhecendo este poema , sempre,ao lê-lo, recordo o de Camões - um ds mais belos poemas jamais escritos em português...E, naturalmente, o salmo que está na base dos dois poemas.Beijo amigo
Zef,
Mais um belíssimo poema de um Homem que tão cedo nos deixou!
E que, já percebi, tem neste jardim um lugar especial.
Mais uma delícia...
Um beijo
Ó homem, quem és tu, que há tanto tempo te não vejo?
Andas poeta como nunca. Diz-me: isso é bom?
Ó homem, quem és tu, que há tanto tempo te não vejo?
Andas poeta como nunca. Diz-me: isso é bom?
Ó homem, quem és tu, que há tanto tempo te não vejo?
Andas poeta como nunca. Diz-me: isso é bom?
Amélia, e é bom lembrar Camões. O salmo também, embora a parte final seja dura, precisando de "desvelamento" que não sei fazer...
Beijos
Meg, é verdade, Daniel Faria tem espaço marcado nas minhas leituras, pela poesia e também por outras coincidências...Beijos
Aires Montenegro,
sou quem sabes...
sou quem sabes...
sou quem sabes...
dito assim por três vezes.
De se ser poeta tu o sabes, ó poeta.
Um abraço
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