15.3.07

Vir do frio. Trazer às pregas da pele as lembranças.
O colo da mãe a alisar a alma.
Aninhar o tempo.

19 comentários:

rendadebilros disse...

E deixo o silêncio saborear as tuas palavras...

Anónimo disse...

Já andava comovida desde o outro dia...ele há coisas que pensamos ser inúteis dizer ou fazer e, no entanto, elas andam dentro de nós cada vez maiores e um dia furam a carapaça e...olhe nem sei! Ainda há tempo, pensei eu, aninha-te no colo da tua mãe antes do frio.
Ai Zef, um beijo
ana assunção

Anónimo disse...

Olá, boa tarde.
O colo de Mãe é quente, porisso escrevi um dia e hoje fui buscar este "Pedido":

"Sentado à porta da Vida, descansando
Espero a Noite chegar.
E se adormecer, mesmo frio… que ninguém me acorde.
Peguem-me de mansinho
E pousem-me devagarinho
No colo da Minha Mãe."

Amanhã já és sexta... o fim de semana já aí está.
Aquele Abraço do
Cruzeiro

Jorge P. Guedes disse...

E adormecer a sonhar...oh, que água tão limpa e fresca!

saudações

JPG - O Sino da Aldeia

Anónimo disse...

Como eu gostei deste seu poema, amigo!
Amélia

Anónimo disse...

E porque fomos filhas e porque fomos mães, sentimos o frio da já não presença do colo que nos deram e do colo que já demos. E o frio está para vir.

Lindo, o seu texto !
bom fim de semana,
fernanda s.m.

zef disse...

E fique-se bem assim, Renda. Já começa a haver sol.

zef disse...

Ana, antes do frio seria melhor...mas é preciso sair dos "lençóis de linho"...
Beijos

zef disse...

Cruzeiro, fim de semana como quando se era colegial e se regressava ao caldo quente da casa...
Um abraço

zef disse...

Limpa e fresca, Jorge, e de bom alento.
Abraços

zef disse...

Amélia, as suas palavras põem-me como criança a quem foi dado um bibe novo...
Beijinhos

zef disse...

Fernanda, fui de visita ao Matebarco de há um ano e ao de agora também.
Cá na tal eternidade onde toda a gente se conhece, espalhemos flores no chão, de tapete para as mães todas.
Abraços

Anónimo disse...

Irra...por que há-de este homem ser, efémero como todos, mas eternamente sábio, de nascimento cultivado?(ena...disse coisa alguma?)

zef disse...

...pelo menos, fizeste-me comprar uma calculadora para fazer muitos cálculos: de sobrinhos e sobrinhas, assim dos de sangue, contei 50cinquenta50...Se acrescentar os e as que que se casaram...não faço as contas...
Olá sobrinho ou sobrinha...! Estou também a fazer contas àquilo "de nascimento cultivado". Depois, conversamos...se te descobrir na multidão...

alecerosana disse...

eu queria comentar... mas por entre as pregas da pele apenas a sensação de arrepio.
Bonito!

zef disse...

No entanto, Alecerosana, persiste o desejo de serem as boas lembranças a trazerem tranquilidade...

Anónimo disse...

"serem as boas lembranças a trazerem tranquilidade". Sei que o caminho é esse, mas Sísifo manda em nós demasiadas vezes. E a mãe ficou tão, tão longe... É preciso aprender a "Aninhar o tempo", acho que é mesmo isso.
Bj

zef disse...

Podemos pregar uma partida aos mitos: deixamos a pedra escondida num silvado e vamos a assobiar assim como que não quer a coisa...
beijos

zef disse...

Queria dizer "assim como quem não quer a coisa", Soledade